quinta-feira, 12 de novembro de 2009

* TEM ALGUMA DIFERANÇA DO QUE ESTA ACONTECENDO EM IPU?

Polícia acusa 12 empresas por fraudes em licitações
Segundo delegado, cartel se revezava para ganhar obras

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Um esquema de fraudes em licitações públicas estaduais e municipais, cujos valores projetados inicialmente nos contratos são da ordem de R$ 100 milhões desde 2008, foi alvo de operação da Polícia Civil, que fez apreensão de computadores e documentos em 12 empresas no Estado do Rio.
O lucro auferido com superfaturamento está calculado numa faixa mínima de R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, de acordo com os investigadores. "Essa quadrilha já estava se articulando para fraudar licitações de obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016", afirmou o delegado Flávio Porto, baseado em escutas telefônicas autorizadas pelo Justiça.
Ele coordena o Núcleo de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil, criado há um ano em convênio com o Ministério da Justiça.
Segundo a polícia, 12 empresas -nenhuma de grande porte, sendo cinco delas de fachada- formaram, há no mínimo três anos, um cartel e se revezavam para ganhar licitações de obras em órgãos estaduais e municipais, como a própria sede da Polícia Civil.
"Os empreiteiros do grupo criminoso corrompiam o sistema. Eles davam dinheiro para fiscais de obras e engenheiros inviabilizarem as atividades dos empresários honestos, que, assim, iam à falência", disse o delegado.
Para calcular o poder real da quadrilha, a polícia deflagrou a Operação Monopólio, cuja primeira etapa -coleta de evidências da orquestração- resultou no cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio, Niterói, Maricá e Miguel Pereira. Cerca de 120 policiais de 28 delegacias distritais e especializadas participaram da operação.
Ao menos 12 pessoas devem ser indiciadas por crimes contra a administração pública, contra a lei de licitações, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva. A polícia confirmou o envolvimento de servidores públicos. O delegado negocia com os suspeitos a chamada delação premiada, na qual dariam detalhes do esquema em troca de atenuação das penas.
A operação surgiu no ano passado, após suspeita em uma obra de reforma da 51ª Delegacia de Polícia, em Paracambi, na Baixada Fluminense
JOÃO PAULO GONDIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Comento:
Diante de tantas denuncias aqui postadas, fundamentadas em documentos probos, oriundos do TCM, o que falta para também a Policia Civil fazer em Ipu o mesmo que fez no Rio de Janeiro?
O lucro da quadrilha do Rio, desde 2008, está calculado entre R$ 10 a R$ 20 milhões e em apenas 09 meses, o lucro da quadrilha de Ipu está próximo a esse valor. A única diferença é que a quadrilha de Ipu é bem mais voraz quando se trata de desviar recursos públicos.
Em Ipu, pelo menos 50 estão envolvidos em fraudes em processos licitatórios, crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, e a presença constante de servidores públicos.