terça-feira, 29 de setembro de 2009

* Caiu a Máscara

E não é que foi mais cedo do que se imaginava! Nossos impolutos defensores do povo, nossos arautos da moralidade e da lisura na coisa pública, agora quedam-se calados, fazem ouvido de mercador, saem pela tangente, como se costuma dizer quando se quer escapar de alguma situação digamos incômoda, constrangedora.
Onde estão os bravos e aguerridos vereadores da oposição, agora situação – antes sempre tão atentos ao menor “deslize” com o dinheiro público em administrações passadas ainda bem recentes? Perderam a língua, ao que parece, ficaram surdos e mudos, ou foram vítimas de alguma lavagem cereb(r$)al dos novos tempos!
E os nossos bravos homens da imprensa radiofônica? Sempre tão ciosos de seu importante papel, eternos e intrépidos defensores do clamor do povo sofrido e abandonado. Onde estão que não dão mais “vez e voz” aos oprimidos e injustiçados de nossa terra? Porque agora se calam diante de ilicitudes conhecidas e comprovadas pela justiça? Por que não divulgam, não comentam, não rasgam o verbo, como em outros tempos? Será que esta tudo 100%, será que não há nada de errado acontecendo? A saúde vai bem, a educação é de alto nível, segurança é coisa de primeiro mundo – aliás, tudo aqui agora é de primeiro mundo – hospitais (matadouros até ontem), escolas, transporte, trânsito – deram um salto de qualidade sem precedentes em nossa história.
Caiu a máscara, eis a verdade verdadeira!
Nunca foram eles representantes do povo, jamais defenderam interesses, a não ser os próprios, agora está tudo muito claro, claríssimo!Lamentável a postura de certos homens ditos públicos, certos vereadores que se proclamam legítimos representantes do interesse coletivo. Sequer aprenderam a mais elementar das lições de seus ofícios, de suas funções no exercício do cargo a que foram destinados. Se aprenderam, só a praticam quando é conveniente para eles ou para o grupo político que defendem, sabe-se lá por quais motivos ou razões. Pois não é papel do vereador fiscalizar os atos do executivo? Observar suas falhas, distorções, sobretudo quando estes mesmos atos contrariam o interesse público, de alguma maneira?! Ou isso só vale em algumas conjunturas “digamos” contrárias aos seus próprios interesses? Em situações “vantajosas” quando o vento sopra a favor, melhor é dizer AMÉM sempre, balançar a cabeça feito vaquinhas de presépio e esquecer o que o povo fala lá fora, além dos muros da nossa “augusta” casa legislativa.
Ora, ora, não nos façam de bestas, não subestimem nossa capacidade de avaliarmos os fatos, não somos tolos a ponto de engolirmos fácil estas conversas manjadas, estes discursos ultrapassados e absolutamente idiotas e não pesem vocês, veneráveis homens da imprensa local que não sabemos o que há por trás dos bastidores ou dos microfones de suas venais emissoras de rádio.