sábado, 13 de fevereiro de 2010

* O SENDEIRO- O DESFILE DA ESCOLA DE SAMBA UNIDOS PELA CORRUPÇÃO.

O último clarim soou pela cidade, caiu a máscara da ilusão que induziu ao engodo uma grande parcela da população. A alegria deu lugar a tristeza, o sorriso da comédia é trocado pela fase taciturna do drama no teatro da vida. Os eleitores do rei MOMO hoje compartilham com o desengano do PIERRÔ, pois também foram ingênuos iguais a ele, banalizaram o voto como os sonhos e os desejos fúteis da COLOMBINA, e elegeram um palhaço sem graça como o ARLEQUIM para administrar nosso município. Os ventos do novo tempo sopraram as CINZAS da devassidão sobre nós, nos encharcaram com chuvas de CONFETES E SERPENTINAS de lágrimas e prantos por toda a cidade, o bloco dos sujos da Escola de Samba Unidos pela Corrupção, emudeceram a alegria do povo, invadiram ruas e praças empunhando seus ESTANDARTES da cor de sangue, fazendo firulas nas casas do povo. O som dos pistons lembraram as trombetas do Apocalipse segundo um ipuense como narrei aqui, a festa contagiante que era de todos fora privatizada a um bandos de ZUMBIS que engabelaram o povo na eleição e hoje nos ASSOMBRAM com tanta corrupção. Descendo a serra aportaram na passarela subfaturada a ALA dos jacarés famintos com seus apetites vorazes por dinheiro público, vestiam a fantasia da mentira, bêbados e imundos de tanto deitarem e rolarem na lama da corrupção e das RUAS. Tentavam embriagar as mentes lúcidas com SUBORNO para entrarem em seu BLOCO. Fantasiado de bailarina arrependida, saltitava com graça, leveza e desenvoltura apesar da obesidade de sua barriga, mas porém, contudo “CALÇADO” no bolso e nós pés com sua sapatilha cor de rosa, o saltimbanco Nonato Martins deixando à mostras presas no elástico da cintura de sua pequenina saia de morim as cédulas que calaram sua rádio para a oposição. Desorientado pela sua deficiência mental e pela insanidade da cachaça, Raimundo Doido fazia umas graças sem graça trajado de JUDAS. Atrás dos blocos um individuo suspeito tentava traficar entre eles FABULOSO lança-perfumes, e segue o bloco rua abaixo, a banda entoava marchinhas antigas acompanhada pelo coro dos participantes da ala dos jacarés: “EI VOCÊ AÍ, ME DÁ UM DINHEIRO AÍ, ME DÁ UM DINHEIRO AÍ... e o povo acuado dentro de suas casas cantavam: “SE GRITAR PEGA LADRÃO NÃO FICA UM MEU IRMÃO.. . Vestido com uma roupa confeccionada em MADEIRA, disfarçado com a fantasia de CUPIM ALADO um dono de serraria tentava assaltar o Banco do Brasil aproveitando o tumulto do bloco ao passar em frente à agência, enquanto um outro folião pequenino e vermelho trajado de anjo querubim pulava triste e solitário, lembrando da amada alva como a estrela Dalva, branca como a lua e das conseqüências fatais do vendaval de paixão que transformou sua vida num verdadeiro carnaval das cinzas, trazia lágrimas no olhar, procurava forças prá cantar: “QUEM PARTE LEVA SAUDADE DE ALGUÉM QUE FICA CHORANDO DE DOR”. Neste momento entra na avenida a ala dos cururus preguiçosos oriundos de sua concentração no sítio lagoa, pulavam e vibravam TRAZENDO AS MALAS, SEGURANDO AS MALAS, NÃ0 DEIXANDO AS MALAS CAIREM, pois as mesmas já eram adaptadas para guardar o dinheiro público roubado esperando apenas os jacarés desocuparem o pântano (Prefeitura). A comissão de frente era composta por dois OUVIDORES que encorajados pela bebida trocavam segredos sucintos baixinho nos OUVIDOS, um deles gordo pelos anos de roubos na Prefeitura, o outro calvo portando um bigodinho que lhe dar um certo ar de idiotia, cantavam juntos: ”VOU BEIJAR-TE AGORA NÃO ME LEVE A MAL, HOJE É CARNAVAL ... e o povo acuado dentro de suas casas cantavam: “ SE GRITAR PEGA LADRÃO NÃO FICA UM MEU IRMÃOS ... no meio do bloco uma silhueta morena e feminina se destacava , ainda exalava os aromas e os perfumes da BIO EXTRATO e as marcas de um amor libidinoso, porém tentava disfarçar com uma MÁSCARA NEGRA quando inesperadamente fora abordada por alguém que carinhosamente cantava: “A MESMA MÁSCARA NEGRA QUE COBRE O TEU ROSTO EU QUERO MATAR A SAUDADE...”. Atrás da comissão de frente ficava o cordão dos puxa-sacos e dos mercenários, Hélio Lopes e Edvanir Lopes que DEBATIAM O FATO ou o FATO EM DEBATE da originalidade de suas fantasias serem de irmãos metralhas, João Lopes e Francisco José trocavam elogios sobre suas fantasias de bobos da corte, enquanto a recepcionista da rádio sambava esbaforida na sua fantasia de Madame de Cabaré. E o povo acuado dentro de suas casas cantavam: “ SE GRITAR PEGA LADRÃO NÃO FICA UM MEU IRMÃO” ... A banda estava sob a regência do tenor e barítono Sávio Pontes que fazia uso de seu profundo conhecimento musical, como regente titular da BIG ANFÍBICA FILARMÔNICA DE SAPOS, porém sua batuta de maestro só comandava uma nota, a nota DÓ, e era mesmo de DAR DÓ! Encerando o desfile da ESCOLA DE SAMBA UNIDOS PELA CORRUPÇÃO, eis que surge triunfantemente sentada num imenso vaso SANITÁRIO como se fosse um trono, Toinha Carlos “A mãe da Pobreza”, fazendo jus ao título já que ajudou a pari-la e aumentá-la com tanta corrupção em sua administração, só para citar um exemplo o desvio das verbas do aterro SANITÁRIO, que o diga o ouvidor gordo. E PELA SEGUNDA VEZ um fato religioso ocorreu na Igreja Matriz: Fugiram apavorados pela torre São Sebastião e os quatro Evangelistas, e a estátua do Cristo Redentor cobrindo os olhos com uma das mãos e a outra sobre o peito esquerdo, com a fronte erguida em direção ao céu exclamava: PAI PERDOA, ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM !