terça-feira, 21 de julho de 2009

* Dois pesos, duas medidas

Ainda hoje, permanecem em duvidas, os verdadeiros motivos que culminaram com a ação “rigorosa” da Câmara Municipal de Ipu, quando do afastamento da ex-prefeita Corrinha, e posteriormente, o pedido de cassação por parte do Ministério público local.
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O rigor dessas ações são ainda, algo que carecem de mais reflexão. Haja vista, os mesmos vereadores e o mesmo promotor, autores das referidas ações contra a ex-prefeita Corrinha, também comporem a Câmara de Vereadores e o Ministério Publico a época do governo de Marcelo Carlos e Toinha Carlos, onde eram grandes também os desvios de conduta por parte daqueles gestores, no entanto, sem registro de nenhuma ação contundente dos vereadores e do promotor, no sentido de pelo menos, intimidar algumas irregularidades, que todo mundo sabia existir.
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Esta duvida, ganhou mais substancias hoje, frente às escandalosas relações comerciais do prefeito Sávio Pontes com os seus financiadores de campanha. Inclusive, agravadas escandalosamente, quando temos empresas pertencentes a familiares do prefeito lavando "muito" dinheiro público como é o caso da empresa que aluga 63 veículos e ainda leva 197 mil pelo transporte escolar, temos também a empresa que faz a coleta superfaturada do lixo, a que pintou a casa de cultura por 140 mil, licitações direcionadas, obras superfaturadas, empresas laranjas levando milhões dos cofres de Ipu, pagamentos de obras sem serem realizadas. O atual prefeito, em termo de corrupção e improbidade administrativa, conseguiu superar todos os seus antecessores. Tudo isso, sem o incômodo de ninguém, inclusive o atuante promotor.
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Dois pesos e duas medidas? Ideologia política? Cadê a energia desprendida nas ações contra a ex-prefeita Corrinha? E não me venham com essa historia de que o Ministério Público, precisa ser provocado para agir, porque nós estamos cansados de assistirmos pelo Brasil afora, casos e mais caso, em que não só a promotoria se antecipa aos fatos, como muitas vezes, até fere a constituição, assumindo o papel de delegado e investigador – tamanha é a vontade e o empenho, o que por lei é ilegal. Motivados, ora por idealismo e comprometimento, dado a importância estratégica do cargo que exercem, ora motivados também, por ideologias políticas, o que os tornam injustos e marginais a constituição e ao estado democrático de direitos em que vivemos. O fato é que quando eles querem, eles agem, e geralmente são bem sucedidos.
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O fato é que: A julgar pela atual omissão, diante das “barbáries” que estão sendo cometidas contra o patrimônio e o direito dos ipuenses, não restará outra explicação, quanto ao afastamento por parte dos vereadores, da ex-prefeita Corrinha, se não, “politicagem barata”.